domingo, 20 de novembro de 2011

Em Kathmandu – 1º Dia

Amigos!!!!

O dia da chegada foi muito bonito.

Tika e toda a família Bochi-Bochi foram mestres na arte de bem receber. Em pouco tempo fazem-nos sentir como que parte da sua família e isso é magnífico.

Estar num país pela primeira vez e ser assim recebido é de facto muitíssimo importante e marca a diferença para outras possíveis formas de chegar e estar.

É evidente que somos assim recebidos porque somos considerados como fazendo parte da família de Lolo. E a família de Tika adora Lolo. Existe entre os Sherpas e Lolo uma cumplicidade e uma ligação incrível. São muitos anos nas mais altas montanhas do mundo lado a lado e em que a solidariedade não termina na zona da morte mas que se estende bem acima dela. Esta é uma nota importante porque nem sempre esta ética é partilhada em altitude extrema. Mas nesta família e com Lolo é assim.

E as histórias de grandes dificuldades em altitudes extremas que vamos ouvindo aqui e ali contadas pelos seus intervenientes dá-nos essa sensação de que é fantástico poder integrar um grupo assim.

E fez-me lembrar o que o meu Rodrigo, da Bivaque, me contou da sua Expedição ao Island Peak, liderada pelo João Garcia, em que João no dia anterior foi equipar a via com corda nova, para que no dia da subida as coisas estivessem facilitadas. E de como estes gestos de solidariedade marcam a vida das pessoas.

João Garcia é aqui também reconhecido como grande alpinista e grande homem. Como eles dizem, o Português  João!

O jantar que Tika nos ofereceu foi magnífico. A comida nepalesa no seu melhor. Comemos muito e bem. O jantar foi bem regado e as danças e cantares nepaleses espalharam-se para além do palco por toda a sala. Foi bonito de ver.

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Depois fomos a um bar tomar una copa. E o grupo conheceu a proximidade e o prazer de se estar junto com outra Gente que partilha o amor à vida, ao Outro e às Montanhas. As rodadas seguiram-se. E a alegria tomou conta de nós.

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No regresso fomos de bicicletas com atrelado para o hotel, mas com a malta a pedalar e ficando os nepaleses sentados no lugar dos turistas. Foi bonito de ver.

Amigos chamam-me para o pequeno almoço e não posso tardar… Tou cheiinho de fome.

Abraço-Vos e voltarei depois para vos contar outras histórias. A sorrir.

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Jorge Ribeiro

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